Hoje, queremos celebrar o impacto incrível que as mulheres inventoras tiveram em nosso mundo. De mentes brilhantes e ideias revolucionárias, essas 20 mulheres pioneiras desafiaram as normas e deixaram um legado duradouro. Seja na ciência, tecnologia, medicina ou engenharia, seu talento e perseverança inspiram gerações futuras a sonhar alto e a criar um mundo melhor. Veja a primeira parte dessa lista.
Margaret Eloise Knight – Bolsa de Papel
Knight é conhecida principalmente por sua invenção da máquina de fazer sacos de papel com fundo plano, também chamada de máquina de sacolas de papel com base quadrada. Ela desenvolveu essa invenção em 1871, quando tinha 33 anos. A máquina de Knight foi um avanço significativo na indústria de embalagens, pois automatizou o processo de fabricação de sacos de papel e substituiu o trabalho manual anteriormente necessário.
Hedy Lamarr – Tecnologia de salto de frequência
Durante a Segunda Guerra Mundial, ela e o compositor George Antheil desenvolveram uma tecnologia chamada “Salto de Frequência” ou “Spread Spectrum”, que tinha o objetivo de ajudar nas comunicações militares e torná-las mais seguras contra interferências e bloqueios inimigos. Essa tecnologia, baseada em um sistema de troca de frequência rápidas e sincronizadas entre transmissor e receptor, foi um precursor do que hoje é conhecido como “espectro expandido” e é amplamente utilizado em comunicações sem fio modernas, como o Wi-Fi, o Bluetooth e os sistemas de comunicação por satélite.
Katalin Karikó – desenvolveu uma maneira de modificar o ácido ribonucléico mensageiro
Karikó é reconhecida por seu trabalho pioneiro na pesquisa sobre RNA mensageiro (mRNA) e sua aplicação no desenvolvimento de terapias de RNA. Ao longo de sua carreira, Karikó se dedicou ao estudo e à compreensão do mRNA e suas propriedades. Ela foi uma das primeiras cientistas a reconhecer o potencial do mRNA como ferramenta para o desenvolvimento de tratamentos médicos.
Gertrude B. Elion – A mulher que tornou possíveis os transplantes de órgãos
Elion é reconhecida por suas contribuições significativas no campo da farmacologia e desenvolvimento de medicamentos. Ela foi pioneira no desenvolvimento de drogas para o tratamento de doenças, especialmente no combate ao câncer, doenças imunológicas e condições virais. Sua pesquisa e trabalho inovador abriram caminho para o desenvolvimento de inúmeros medicamentos que salvaram vidas. Por último, mas não menos importante, ela está por trás da criação da azatioprina, o primeiro imunossupressor usado para combater a rejeição após um transplante de órgão – um dos maiores avanços médicos em séculos.
Helen Lee – Kit de diagnóstico instantâneo de sangue baseado em DNA
A pesquisadora médica chinesa Helen Lee desenvolveu um kit de diagnóstico de sangue instantâneo baseado em DNA que pode detectar imediatamente doenças infecciosas como HIV, hepatite B e clamídia. Seus cartuchos de teste, ao contrário de outros, não necessitam de armazenamento ou transporte a frio, tornando-os ideais para regiões com infraestrutura técnica limitada.
Gladys West – Sistema de Posicionamento Global (GPS)
West é conhecida por seu trabalho como uma das matemáticas que participaram do Projeto Apollo na Naval Surface Warfare Center (NSWC), em Dahlgren, Virgínia. Durante sua carreira na NSWC, ela trabalhou com uma equipe que coletou dados astronômicos para o cálculo da órbita dos satélites e para melhorar a precisão dos sistemas de rastreamento de posicionamento. Gladys West é uma exemplo inspirador de uma mulher afro-americana que fez avanços significativos no campo da matemática e da ciência. Seu trabalho fundamental no desenvolvimento do GPS ajudou a revolucionar a navegação e a tecnologia de posicionamento em todo o mundo.
Katharine Burr Blodgett – Vidro não reflexivo
Durante a Segunda Guerra Mundial, Katharine Burr Blodgett foi uma mente crucial por trás de várias invenções, incluindo máscaras de gás, cortinas de fumaça e uma técnica para descongelar asas de avião. No entanto, seu trabalho em química resultou em sua criação mais importante: o vidro antirreflexo. Essa tecnologia é usada em diversas aplicações atualmente, incluindo óculos, para-brisas de automóveis e telas de computador.
Catia Bastioli – Plásticos Biodegradáveis
A pesquisadora italiana Catia Bastioli encontrou uma maneira de criar plásticos biodegradáveis a partir de resíduos e matérias-primas agrícolas. Suas sacolas de compras à base de amido podem ser processadas de maneira semelhante aos plásticos comuns, mas se decompõem em semanas quando compostadas. Produzidos a partir de colheitas, reduzem as emissões de gases de efeito estufa e o consumo de recursos não renováveis.
Sarah Breedlove – Produtos específicos para o cabelo
Madame C.J. Walker é amplamente reconhecida como uma das primeiras mulheres afro-americanas a se tornar uma empresária de sucesso nos Estados Unidos. Ela fundou e liderou a Madame C.J. Walker Manufacturing Company, uma empresa que fabricava e vendia produtos de cuidados capilares e de pele para pessoas negras. Ela também se preocupava com o empoderamento econômico das mulheres afro-americanas. Para promover isso, ela recrutou e treinou outras mulheres para atuarem como vendedoras de seus produtos. Essas vendedoras, conhecidas como “Walker Agents” (Agentes Walker), não apenas vendiam os produtos, mas também ofereciam treinamento em cuidados com o cabelo e se tornaram empreendedoras independentes.
Ada Lovelace – A primeira programadora de computador
A condessa inglesa Ada Lovelace, filha do poeta Lord Byron e da matemática Anne Isabella Noel Byron, ocupa um lugar único nos anais da ciência como a primeira programadora de computador. Suas colaborações com Charles Babbage no projeto Difference Engine a levaram a reconhecer o potencial da máquina além de meros cálculos. Lovelace foi a primeira a publicar um algoritmo destinado a esta máquina, ganhando assim o título de primeira programadora de computador do mundo.
Laura Van ‘T Veer – Teste de câncer de mama baseado em genes
A bióloga holandesa Laura van ‘t Veer desenvolveu um teste de câncer de mama baseado em genes. O teste examina o tecido tumoral para avaliar o risco de 10 anos de recorrência do câncer, distinguindo efetivamente pacientes de alto risco que necessitam de quimioterapia de pacientes de baixo risco que podem evitar tratamentos químicos tóxicos.
Stephanie Kwolek – Kevlar
Stephanie Kwolek, uma química polonesa-americana, transformou a ciência dos materiais em 1965 ao inventar o Kevlar. Este supermaterial, cinco vezes mais resistente que o aço, agora sustenta mais de 200 aplicações, desde pneus de bicicleta, coletes à prova de balas e frigideiras até construção civil e instrumentos musicais.
Virginia Apgar – Apgar Score e suas contribuições para a neonatologia
Virginia Apgar era líder em anestesia e pediatria, e sua pesquisa fez muito para reduzir a mortalidade infantil. Ela inventou o índice de Apgar, usado até hoje como uma forma de avaliar rapidamente o estado de saúde de um recém-nascido logo após o nascimento, um avanço sem precedentes no campo da neonatologia.
Grace Hopper – Programação de computadores
Em 1944, Grace Hopper co-projetou o gigantesco computador Mark I de Harvard junto com Howard Aiken. A engenhosidade de Hopper resultou no compilador, uma ferramenta transformadora que traduzia a linguagem escrita em código de computador. Ela também está por trás da popularização do termo “depuração”, nascido durante a remoção de uma mariposa presa no aparelho.
Rosalind Franklin – DNA Dupla Hélice
James Watson e Francis Crick são creditados com a descoberta da dupla hélice do DNA. Ainda assim, foi o trabalho vital da biofísica britânica Rosalind Franklin que forneceu a prova de que precisavam. A “Foto 51” de Franklin, a primeira fotografia de uma molécula capturada por meio de sua experiência em difração de raios-X, confirmou sua teoria. Seu colega Maurice Wilkins supostamente mostrou esta fotografia aos concorrentes Watson e Crick sem seu conhecimento ou consentimento, sempre anexando seus nomes a uma descoberta que nunca foi deles.
Lise Meitner – Fissão Nuclear
A física sueca austríaca Lise Meitner era o cérebro por trás da fissão nuclear, mas o comitê do Nobel ignorou sua contribuição. Muitos especulam que sua oposição ativa ao uso da fissão nuclear para fins destrutivos, como no Projeto Manhattan durante a Segunda Guerra Mundial, afetou sua chance de receber o prêmio, mesmo após 48 indicações durante sua carreira.
Melitta Bentz – Filtros de Café
Originalmente uma dona de casa, Melitta Bentz se cansou dos desafios associados ao preparo do café e decidiu encontrar uma solução. Depois de testar vários materiais, ela criou um filtro de café, obteve uma patente e abriu um negócio para sua produção. Em um ano, ela vendia centenas de filtros e, em 1928, sua empresa empregava dezenas de pessoas. Conhecida por sua generosidade e horários de trabalho solidários, ela também instituiu o “Melitta Aid”, um fundo de bem-estar para seus funcionários. E se o nome soa familiar, não se surpreenda: o Grupo Melitta ainda hoje fabrica cafés, cafeteiras e filtros.
Shirley Jackson – Pesquisa em Telecomunicações
A física teórica Shirley Jackson gravou seu nome na história como a primeira mulher afro-americana a obter um doutorado do prestigioso MIT em 1973. Com seu trabalho inovador sobre partículas subatômicas no Bell Laboratories, ela lançou as bases para invenções como o fax portátil, o toque telefone multitom, células solares, cabos de fibra ótica e a tecnologia integral para identificação de chamadas e chamada em espera.
Patrícia Bath – Sonda Laserphaco
Patricia Bath foi a primeira médica afro-americana a obter a patente de uma inovação médica: o Laserphaco Probe. Este instrumento médico, inventado em 1981, emprega um laser para dissolver a catarata de forma não invasiva e limpar o olho, simplificando o processo de substituição da lente. O Laserphaco Probe é agora globalmente reconhecido como uma solução eficiente e segura para prevenir a cegueira induzida por catarata. Bath também é a mãe da oftalmologia comunitária, que integra práticas de saúde pública e medicina comunitária para garantir o acesso universal a cuidados oftalmológicos adequados.
Margarita Salas Falgueras – Replicação aprimorada do DNA
A cientista espanhola Margarita Salas Falgueras, conhecida por sua pesquisa em genética molecular, desenvolveu um método mais eficiente, confiável e simples para replicar vestígios de DNA em quantidades grandes o suficiente para testes genômicos completos. Sua invenção, utilizando a polimerase de DNA phi29, agora é amplamente empregada em oncologia, medicina forense e arqueologia.