Tirar uma fotografia nem sempre foi tão fácil quanto pegar seu smartphone e deixar o modo retrato fazer o resto, como hoje. No passado, as câmeras exigiam configuração e eram difíceis de mover. Isso tornava difícil acompanhar a ação, especialmente durante a guerra, e é compreensível que muitos fotógrafos decidissem fazer seus próprios momentos perfeitos em vez de esperar que um aparecesse.
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A foto icônica de trabalhadores almoçando no topo do Empire State Building foi uma jogada publicitária encenada para promover a construção do Rockefeller Center.
Esta foto chocante de um avião alemão da Primeira Guerra Mundial caindo é, na verdade, apenas um modelo. A maioria das fotos de combate aéreo da Primeira Guerra Mundial foram falsificadas.
Alexander Gardner tem duas fotos intituladas “O último sono de um atirador de elite” e “Casa de um atirador de elite rebelde”. O corpo em cada foto parece suspeitamente semelhante, e muitos especialistas acreditam que ele arrastou o corpo por mais de 36 metros para usá-lo em cada foto.
A foto icônica de Jo Rosenthal do hasteamento da bandeira dos EUA no Monte Suribachi era real, no entanto, foi uma reconstituição do que havia acontecido horas antes.
O fotógrafo militar Yevgeny Khaldei queria criar a versão soviética da foto americana de Iwo Jima. Esta foto de um soldado do Exército Vermelho acenando a bandeira soviética das ruínas bombardeadas do Reichstag de Berlim foi encenada, com partes adicionadas posteriormente também.
Muitos soldados nesta foto de George Bush de 2004 foram adicionados digitalmente.
O fotógrafo libanês Adnan Hajj realçou digitalmente a fumaça nesta foto dos ataques aéreos israelenses em Beirute em 2006.
Esta foto de um exercício militar norte-coreano de 2013 foi aprimorada digitalmente para fazer a força parecer maior.
Esta famosa foto do pouso na Lua de Neil Armstrong não foi espontânea, mas sim cuidadosamente construída para mostrar o módulo de pouso em seu visor.
O general Ulysses S. Grant, além de militar, foi o décimo oitavo presidente dos Estados Unidos. O republicano tem a foto acima como uma de suas mais representativas imagens, que o ilustra à frente de suas tropas na Virgínia, durante a Guerra Civil Americana. Contudo, essa foto não é real, mas uma montagem feita a partir de três diferentes fotografias. A cabeça é realmente de Grant, mas o cavalo e o corpo são do major-general Alexander M. McCook, e ao fundo prisioneiros confederados capturados.
Stalin fez muitas coisas, inclusive solicitar alterações em suas fotografias. Ele talvez seja o líder do século XX que mais tenha feito essas manipulações, como a emblemática retirada de Leon Trótski de fotos históricas. Tudo começou quando Stalin expulsou o antigo companheiro do partido e do país, no final dos anos 1920. Então, para construir uma imagem de grande líder sem a presença de seus opositores, ordenou que Trótski fosse removido de qualquer fotografia que fosse ser exibida publicamente, inclusive em livros de história. A foto acima faz parte dessa postura, e retrata os dois na Praça Vermelha durante a celebração do segundo ano da Revolução Russa, em 1919. Os livros de história soviéticos publicaram uma outra, com Trótski retirado.
A foto acima, tirada pelo brilhante fotógrafo Gordon Gahan, deveria ter ilustrado uma das mais famosas capas da revista National Geographic. No entanto, ela foi alterada, o que gerou uma controvérsia enorme e um posterior pedido de desculpas da publicação. Gahan, por um descuido, perdeu o comboio que passava. Precisando da foto, correu até eles e pagou par que voltassem com os camelos e passassem novamente. Isso foi feito e a foto tirada, porém a revista, editada na vertical, não conseguiria incluir a foto feita na horizontal. Então, foram ao estúdio e aproximaram os camelos e as pirâmides, de modo a encaixar nas dimensões. Hoje, há um artigo publicado no site da revista firmando publicamente o compromisso de nunca mais alterar uma fotografia.