Durante a elaboração de scripts, dois ou três detetives de São Paulo serviram de consultores informais para procedimentos e jargões. “O funcionamento de uma delegacia é diferente nos EUA e no Brasil. Aí, muitas coisas não são fornecidas pelo governo e saem do bolso do delegado”, diz o diretor executivo de desenvolvimento da Fox, Jorge Stamadianos.
As páginas finais dos roteiros também têm “verniz” local –num contraponto à hipereficiência de “CSI” e afins norte-americanos. “Nem sempre o caso será resolvido ao fim do episódio. É para mostrar como é difícil resolver um crime, como há poderes que às vezes interferem na lei”, afirma Stamadianos. “A realidade da América Latina nos mostra que, devido à corrupção de alguns policiais e a outros fatores, nem sempre os casos são solucionados”, emenda Emiliano Saccone, vice-presidente sênior de marketing e entretenimento.
A Fox latino-americana viu no projeto a chance de ganhar força no Brasil, onde, diz Saccone, “não sei por que, o braço do canal não é tão forte quanto no resto da América Latina”.
Na estrutura “serializada” há tramas iniciadas e concluídas num só episódio, mas também um fio de enredo que se estende por toda a série. Da mesma forma, existe um equilíbrio entre a investigação criminal e a vida pessoal dos agentes, um pouco de “Lei e Ordem” e “The Shield”.
Segundo informações da Folha OnLine, além do lançamento de “9mm: São Paulo”, a Fox também planeja a criação de um reality show nacional.