
Um homem chinês de 57 anos, Gui Junmin, voltou a chamar atenção após assumir um novo relacionamento anos depois de ter autorizado a preservação criogênica do corpo da esposa falecida, Zhan Wenlian, em 2017. Ela morreu aos 48 anos vítima de câncer de pulmão, e Gui decidiu participar de um programa experimental que mantém o corpo em temperaturas extremamente baixas por décadas, na esperança de que futuros avanços científicos possam permitir algum tipo de restauração ou estudo mais profundo.
O processo de criopreservação foi conduzido pelo Shandong Yinfeng Life Science Research Institute em parceria com o Qilu Hospital of Shandong University, e tornou-se um dos casos mais comentados de preservação humana na China. A decisão de Gui, na época, foi motivada tanto pelo amor que sentia pela esposa quanto pela vontade de que ela pudesse, de alguma forma, continuar existindo no âmbito científico.
Em 2020, entretanto, Gui passou por um episódio grave de saúde, quando sofreu uma crise intensa de gota que o deixou dois dias imobilizado no chão sem conseguir pedir ajuda. Esse evento o fez refletir sobre sua vulnerabilidade e sobre como era difícil viver completamente sozinho. Foi nesse período que, por meio de um conhecido, ele conheceu Wang Chunxia, uma vendedora de seguros descrita por ele como alguém calma, autêntica e prestativa.
Gui afirma que sua ligação com Zhan continua única e insubstituível, mas reconhece que buscou no relacionamento com Wang uma forma de companhia e suporte prático para o dia a dia. A revelação causou forte debate nas redes sociais: alguns o acusaram de manter uma espécie de “poligamia emocional”, enquanto outros apontaram que o longo período de luto e a experiência traumática de saúde justificavam sua busca por estabilidade emocional.

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