– Tinha farelo na embalagem de plástico. Mordi e vi uma larva. Joguei o bicho fora e, quando olhei de novo, tinha vários dentro do ovo. Nojento – descreve a vendedora, que presenteou o sobrinho com o outro ovo Ferrero Rocher.
– Por pouco ele não comeu o ovo com as larvas.
– Na Páscoa, criança come chocolate adoidado. Não olha direito para o que coloca na boca. Pode engolir um negócio desses e passar mal – disse Maria Valdeci da Silva, de 57 anos, mãe de Simone, que ganhou ovo de chocolate branco, de outra marca.
Depois do episódio, não comeu mais ovos de chocolate.
– Perdeu a graça. Só ganhei um bombom do meu marido para matar a vontade – afirmou.
Ela ligou para a Central de Atendimento da Ferrero Rocher no dia seguinte. A empresa informou que enviaria outro ovo nesta terça-feira.
– Mas, depois da Páscoa, não quero mais – disse.
Simone fotografou o ovo, cuja validade expira em 31 de julho, anotou o número de série (7797394000282) e guardou a nota fiscal da Lojas Americanas, à Rua 12 de Outubro, 82/92. Pensa em processar as empresas.
– Tive dor de barriga. Provavelmente, reação psicológica, porque foi muito nojento.
O italiano Paolo Cornero, responsável pela área comercial da Ferrero Rocher no Brasil, disse que o problema não é de fabricação.
– Nossa fábrica em Poços de Caldas tem mecanismos para assegurar que isso não aconteça. Um deles é atrair as borboletas, se elas conseguirem entrar na fábrica, por meio do olfato. Assim, não depositam os ovos nas avelãs, que processamos há mais de 60 anos – explica.
Segundo ele, as fábricas têm pressão do ar superior ao ambiente externo justamente para evitar que o ar e, conseqüentemente bichos, entrem ao abrir uma porta, por exemplo.
– Com a pressão maior, o ar do interior é que vai para fora – diz Cornero, para quem as larvas são de borboleta.
– Elas se alimentam principalmente de farinha e de nozes (ou avelã). Deve ter sido transferência de contaminação na estocagem. Os ovos se transformam em larvas e, depois, em borboletas. O ciclo é de 28 dias.
O executivo disse ainda que a distribuição do produto é feita em caminhões refrigerados para evitar contágio. Observa que, dos 3,2 milhões de ovos vendidos no Brasil nesta Páscoa, apenas esses dois ovos apresentaram problema. A empresa vai analisar o ovo em laboratório.
Já o revendedor respondeu por email: “As Lojas Americanas informam que o fato relatado foge aos padrões de qualidade e de prestação de serviços da empresa. A companhia adota processos rígidos de controle de estoque e de exposição de produtos para seus consumidores. Esclarece por fim que vai averiguar o ocorrido para que o caso seja esclarecido.”
Fonte | Colaboração de Marcos do Comentário
Compare preços de:
Celular | PS3 | Webcam | Miniaturas de bonecos | Disco de Vinil | Fotografias antigas