Desde o mês de março, algumas expressões se tornaram bem comuns no nosso vocabulário brasileiro, como distanciamento social, isolamento, quarentena e até lockdown. O fato é que ficar em casa tornou-se algo tão necessário e adaptável que algumas rotinas começaram a sofrer mudanças em função das exigências causadas pela pandemia de coronavírus.
Uma delas, que sofreu curiosas mudanças, está relacionada com as atividades, digamos “adultas” na internet. De acordo com algumas camgirls (garotas que fazem transmissões sensuais via webcam), o perfil dos usuários mudou bastante durante a pandemia.
“Alguns usuários dizem que o tesão acumulou na quarentena. Devido à solteirice, muitos são carinhosos e safados, alguns preferem uma ‘rapidinha’, porque estão passando a quarentena junto da esposa. Mas o que acontece bastante é de usuário perguntar como que tá sendo o isolamento, preocupados se estou me cuidando e até o crescimento de casos na minha cidade”, declarou Clara, camgirl do site CameraHot, site de sexo ao vivo pioneiro no sistema de transmissão de webcams no Brasil.
O consumo de material erótico foi alvo de um estudo que aponta um aumento significativo deste tipo de conteúdo. O tédio e o isolamento social, associado ao temor do avanço da doença, criam o cenário ideal para mais pessoas busquem o auto prazer virtual como alento neste período complexo que estamos vivendo.
“Eles estão vindo com mais frequência, muitos deles na madrugada por terem mais liberdade (depois que as esposas dormem). Por estarem passando mais tempo comigo, a gente acaba conversando bastante, se conhecendo melhor. Percebo que eles usam o site também como uma forma de se desligar um pouco do mundo lá fora, das notícias ruins sobre o corona vírus. O site ajuda tanto o usuário entendido quanto a modelo nessa época de pandemia”, declarou Dayse, que também trabalha no CameraHot.
É curioso observar como o comportamento e o perfil dos usuários se modificam com o desdobramento dos fatos relacionados com a quarentena. Lary Rils conta que os pedidos e fetiches tem se tornado cada vez mais curiosos.
“Nessa quarentena eles me pediram muito os motoboys, ou seja, chamar o motoboy e atender a porta de lingerie, e a exibição em público, como ir na janela para que meus vizinhos me vissem de calcinha e sutiã ou até mesmo uma roupa mais sexy, eles tão desesperados pra sair e ver gente, aí inventam esses fetiches“.
O consumo de pornografia tradicionalmente é uma prática privada, mas o isolamento social tem provocado situações inusitadas, já que aqueles que moram com parentes precisam dividir o mesmo espaço e às vezes até os mesmos equipamentos.
“Uma situação engraçada foi a mãe do rapaz chegar na hora do chat e pegar o notebook na mão para me xingar, lembro que ri bastante depois do choque”, disse Clara.
Como geralmente trabalham de suas casas, as garotas não precisam atender aos protocolos exigidos para enfrentar o “novo normal” num ambiente de trabalho. No entanto, junto com a quarentena acabou vindo alguns pedidos bem diferentes, como o uso de máscaras durante os atendimentos no CameraHot.
“Eles perguntam se tenho (máscara) e pedem pra eu usar. Alguns perguntam se quero lavar as mãos antes de começarmos, se já usei álcool em gel. Eu acho bem legal esse cuidado que os usuários têm com a gente. Teve um que me marcou bastante, porque pediu para me ver lavar as mãos. Disse que tinha fetiche nisso, e que pedia para outras meninas também. Era só isso, lavar as mãos. Foi uma experiência diferente e eu gostei”, confidenciou Dayse.
Ainda é cedo para afirmarmos se estes hábitos de fato serão incorporados numa nova realidade, mas é bem interessante observamos como nós, seres humanos, conseguimos nos adaptar com relativa facilidade a mudanças, ainda que elas não sejam voluntárias.
que por causa de pandemia p* nenhuma, tarado é tarado em qualquer situação, o mundo pode estar acabando mas a p***etinha diária nunca vai acabar