Para te ajudar a medir o nível apropriado de histeria, classificamos cada ameaça em nosso Medidor de Paranóia, utilizando uma escala de um a cinco. No caso de uma pontuação mais baixa, o significado é “Não se preocupe, seja feliz”. Já se o medidor atingir o número máximo, a mensagem é “Fique com medo. Muito medo”.
Razão nº 1: Privacidade e trabalho não combinam
Você já teve a sensação de que seu chefe está te espiando? Seu instinto está certo. E quanto maior for a empresa, mais provável que ela monitore os e-mails, comunicadores instantâneos e sites que os empregados acessam.
De acordo com uma pesquisa de 2005 da American Management Association e do The ePolicy Institute, a cada quatro empresas, três monitoram a navegação de seus funcionários na web – e mais da metade rastreia seus e-mails.
Além disso, a cada quatro empresas, uma declara ter demitido empregados por abuso de e-mails, e outros 25% dispensaram seus funcionários por navegação inapropriada.
O maior problema é que as empresas aumentam a vigilância e inevitavelmente coletam informações que não se relacionam ao trabalho dos funcionários, e dá aos administradores a oportunidade de tomar decisões sobre eles – contratar, demitir, promover, etc. – baseadas em critérios além da qualificação e do desempenho profissional.
Razão nº 2: Cobiçar seus dados pessoais é a ocupação desta empresa
Há pouco tempo, o Google era apenas um querido mecanismo de busca. Agora, ele é um monstro de dados – e suas informações pessoais são sua carne.
A aquisição do DoubleClick deu nova luz à quantidade de dados que a empresa controla – do histórico de buscas a e-mails, calendários, blogs, vídeos e muito mais. A questão é: o que o Google irá fazer com esta vasta quantidade de informações?
Há algo ainda pior: o Google Desktop pode representar um risco de segurança aos dados de seu disco rígido. Uma pesquisa de junho do ano passado, do Ponemon Institute, mostra que mais de 70% acreditam que o Google Desktop ainda é vulnerável a ataques que usam scripts maliciosos em múltiplos sites.
A solução? Tome cuidado sobre como você usa os produtos do Google. Se duvidar, desconecte.
Razão nº 3: Cada chamada pode ser uma conferência com o Tio Sam
Você se lembra quando a CIA era uma força escura, malevolente, que se escondia nas sombras, grampeando os telefones e lendo as cartas pessoais de norte-americanos? Bem, estes “fantasmas” estão de volta.
De acordo com uma conta feita pelo jornal The New York Times, os chamados fantasmas estão combinando bilhões de gravações eletrônicas em busca de padrões que possam identificar o comportamento de terroristas.
A Electronic Frontier Foundation, por exemplo, está processando a AT&T por permitir que estes fantasmas acessem seus centros de dados, e o governo está tentando cancelar o processo sob a afirmação de que estas informações são segredo de Estado.
Razão nº 4: Aprisionar o último single do 50 Cent pode se traduzir em tempo
Embora indústrias de música não estejam te espionando, no caso da Recording Industry Association of America e a Motion Picture Association of America, eles têm gente pra isso.
Especificamente empresas como a BayTSP e a SafeMedia, estas se infiltram em redes P2P para gravar os IPs dos “trocadores” de músicas, junto aos tipos e números de arquivos que estão compartilhando. Um endereço IP não é uma prova positiva de sua identidade, mas é o suficiente para a maioria dos processos civis.
Se você não usa redes P2P, provavelmente está a salvo. Caso contrário, utilizar redes anônimas de IP, serviços de web proxy ou conexões Wi-Fi abertas pode tornar sua identidade muito mais difícil de traçar, segundo o tecnólogo da Electronic Frontier Foundation, Peter Eckersley.
Em todo o caso, tendo em vista diversos processos, é sempre bom ter o telefone de seu advogado em mãos.
Razão nº 5: Logs detalhados de tudo que você já fez online
Sendo a porta de entrada para a comunicação pessoal na internet, as empresas provedoras de internet poderiam criar logaritmos detalhados de tudo que você já fez online: e-mails, navegação, comunicadores instantâneos e outros.
O potencial para utilizar estas gravações em investigações criminais (ou algo pior) é grande, o que justifica alguns advogados pedirem uma lei que exija que os provedores retenham os dados do usuário por um ano ou mais.
Razão nº 6: Ter 185 milhões de amigos pessoais também tem seu lado ruim
Quando a questão é compartilhamento de informações pessoais (às vezes pessoais demais), muitas pessoas são seus próprios piores inimigos.
Tudo bem publicar todos os seus dados online. O problema surge quando, em uma grande entrevista de emprego, te pedem para explicar como você foi parar em um vídeo constrangedor.
Aproximadamente um a cada cinco contratantes olham uma rede social ao tomar decisões em uma seleção, segundo uma pesquisa da rede social européia Viadeo. E com a proliferação destes sites, o número tende a crescer.
“Em geral, as pessoas deveriam se preocupar mais com a imagem que divulgam em sites como MySpace ou Facebook”, diz o diretor da Privacy Rights Clearinghouse, Beth Givens. “Cada vez mais empresas buscam estes perfis, e você não vai querer parecer um bêbado na praia.”
Ok, você é maravilhoso – mas é preciso detalhar isto ao mundo? Talvez seja a hora de considerar ser um pouco mais anti-social.
[ FONTE ]
Tô de boa…
A primeira paranoia para mim é tudo!!!