:: Falcatrua no Futebol ::
Dois episódios impressionantes agitam os bastidores do futebol brasileiro. O primeiro é uma história esquisita de um jogo que não ocorreu. O segundo, surgido no rastro desta revelação, é a descoberta de que o ex-técnico da Seleção Brasileira, Mário Jorge Lobo Zagallo, cobra – e recebe – o cachê mais alto do planeta por uma série de entrevistas. Os casos estouraram na terça-feira 10, numa reportagem dos jornalisas Juca Kfouri, Erich Beting e Rodrigo Mattos publicada pelo jornal Lance!. Os três repórteres mostraram que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recebeu R$500 mil em 1995 para jogar uma partida amistosa contra a Líbia, em Trípoli. O jogo nunca foi realizado e a CBF ficou com o dinheiro. Menos de um mês depois da assinatura deste contrato, pousou macio numa conta corrente de Zagallo no Exterior, número 10.569, do Alpha Bank Limited, no paraíso fiscal das Bahamas, um depósito de US$ 500 mil, cerca de R$ 1,5 milhão no câmbio atual, feito pela Dar El Ssada, a mesma empresa quem em nome da federação líbia, tinha assinado o compromisso com a CBF para o jogo em Trípoli. Os dois depósitos foram feitos pela mesma pessoa, Al Usta Giuma. Na tentaiva de acabar com a suspeita de lavagem de dinheiro e de deesvinvular os dois casos, a CBF se defendeu mostrando três cartas enviadas pela Dar El Ssada que liberariam a confederação para devolver o dinheiro, caso os líbios cancelacem o amistoso pela segunda vez. Mas Zagallo sofre um pouco mais para explicar as circunstâncias em que a dinheirama desembarcou na sua conta.