Nessa fase, acha que é magro por natureza e nada pode mudar isso. Come muito e se exercita pouco.
A vida é um enorme rodízio de pizzas.
Começa a receber apelidos como “Zé Barriguinha”. Acha uma extrema injustiça, e xinga todo mundo que vier falar que está gordo.
Vai a uma churrascaria para extravasar a raiva.
Começa finalmente a perceber que engordou, e decide tomar uma providência: pára de se pesar! Afinal, se não souber do problema, ele não existe.
Come uma barra de chocolate para relaxar.
Quando finalmente se pesa, vê que está obeso e pensa: “Como fui chegar nesse ponto?”
Entra em depressão. Fica sem vontade de sair (“uma pessoa tão gorda não pode ser vista em público”), sem vontade de dormir, nenhuma vontade de trabalhar. Mas tem Muita vontade de comer.
Fica extremamente deprimido quando é usado como ponto de referência:
– A impressora fica ali do lado daquele gordo
Percebe também que não é mais o “loirinho” ou “aquele cara alto”. Passa a ser “o gordão”.
Come o estoque de comida de um mês em 3 dias, para aliviar a frustração.
Começa a fazer piadinhas de si próprio:
– O elevador vai cair agora que eu entrei!
– Eu só faço a posição “gangorra”!
Também começa a falar seu peso em toneladas. Ex.: 0,115 toneladas.
Tem orgulho das façanhas nas churrascarias e rodízios de pizza.
Critica a sociedade. Afinal, ela só julga as pessoas pela aparência.
Comemora a auto-aceitação comendo tudo que vê pela frente.
A vida é muito boa, com muitas orgias gastronômicas, mas algo está errado. Não faz mais sucesso com o sexo oposto, não é mais chamado para atividades que envolvam algum tipo de atividade física, e é sempre a vítima preferencial das piadinhas.
Pede uma pizza para ajudar a pensar de deve iniciar uma dieta.
Até olhar-se no espelho lhe faz mal. Comprar roupas é a atividade mais depressiva do mundo. Culpa-se por ter deixado a banha ocupar a maior parte de seu corpo. Comer continua sendo bom, mas passou a ser um ato sempre acompanhado de culpa.
Durante essa fase, são inúmeros os momentos de loucura em que passa alguns dias comendo só duas folhas de alface, até não aguentar mais e comer tudo que tem na geladeira. Inclusive o que deixou vencer nos dias em que só comeu mato.
Tal qual um viciado, “injeta” chocolate na veia, seu único momento feliz do dia; depois, vem a culpa e a depressão.
Recuperado da depressão da fase do surto, começa a perceber que pode mudar.
Essa fase é a famosa “Segunda eu começo!”.
Na verdade, o que o gordo pensa é: “Segunda eu começo! Então hoje vou fazer uma ‘despedida'”.
E corre para a churrascaria no almoço, toma um pote de sorvete à tarde e vai a um rodízio de massas à noite.
Ah sim! Há uma regra não escrita nessa fase. Se não conseguir começar na segunda, é totalmente proibido ao gordo começar a dieta na terça. Nesse caso deve-se tirar a semana inteira para “despedidas”, para só na próxima segunda-feira começar a dieta.
Depois de ganhar mais de 5 kg nas “despedidas”, toma realmente consciência de que precisa melhorar. Mas ainda não sabe bem como. É a fase mais bizarra, e 80% dos gordos nunca passam dela.
É a época em que tenta-se de tudo.
Primeiro, o gordo passa 6 horas por dia fazendo exercícios e, após isso, come 1 quilo de comida. “Agora eu sou um atleta, então posso”.
Depois, experimenta as dietas da moda. Passa uma semana só tomando leite; 3 dias comendo ovo com laranja; 6 dias só tomando sopa; 5 dias tentando a dieta de Atkins; 5 dias a base de Shakes de dieta; e tenta até a famigerada dieta da USP, que nem da USP é.
Entre uma tentativa de dieta e outra, há uma recaída para a fase anterior. “Já que não deu certo essa dieta, na segunda eu começo outra! Qual é mesmo o número do disk-pizza? Preciso me despedir mais uma vez de uma bela meia portuguesa meia calabresa”.
Depois de aprender que fazer jejum completo ou ficar doente de tanto fazer exercícios são atitudes que, isoladas, não resolvem nada, ele passa a aprender como emagrecer de verdade. Vira especialista em dieta e exercícios.
Na verdade, fica obcecado. As únicas pessoas que respeita e admira são as que conheceu na academia. Olha horrorizado para os colegas de trabalho comendo aquela feijoada gordurosa no almoço ou tomando café com açúcar, aquele veneno branco. Faz longos discursos acerca dos males de uma alimentação ruim e da falta de exercícios.
Nesse momento, já não é um simples gordo.
É um gordo chato!
Poucas pessoas chegam realmente nessa fase, onde a obsessão e a neura passam um pouco. Depois de persistir na dieta e nos exercícios ele se torna, novamente, um cara magro. Talvez até mais saudável do que era antes.
Tão saudável que acha que acha que nada pode mudar isso e
Ops!! Começa tudo de novo!
Daora esse texto!! Curiosamente iniciei hj a etapa 8!!!!!!!!! hasuhdasuuhduahu
O mais dahora é o finalzinho de cada etapa: “Come uma barra de chocolate para relaxar.”, “Come o estoque de comida de um mês em 3 dias, para aliviar a frustração.”….huahuahuahuahuahuauhuha.
entrei em depressão depois de ler isso tudo…
Eu naum gosto de criticar os gordinhos,
Mais eu acho para naum acontecer isso ta faltando Amor a si próprio
Ame seu corpo e sua mente ……
Ai meu namô ta tão gordinhu, ele prexisa ler isso! hihihihi!
é consciencia!
Ja passei pelo 11, e pior recomeçou tudo…
Aeeeee que delícia ver um post do Christian aqui!!! Os artigos dele são show de bola!
Eu já havia lido esse lá no blog dele e ficou excelente a sua adaptação com as imagens!!!
Adorei!
Achei q só eu fazia “despedidas” aHUAhAUahuaAHuAHAuhA
RI MUITO
ahauahau excelente,é isso mesmo!
Eu to no 11 mas ainda continuo obcecado pela dieta… É dificil achar o equilibrio pois sei que se comer alguma coisa que eu gostava(e ainda gosto) pode servir como gatilho para minha compulsão de comer porcaria. Não gosto nem de pensar…
Cara, valeu pela publicação aqui, fiquei honrado! Volta e meia visito este blog. E a apresentação do texto com as imagens ficou muito boa! Abraços!
agora fiquei com depressão depois de ler esse post!!
(qual é o numero do disk pizza mesmo??) kkkkkkkkkkkkk
muiiitooo bom!!