Em junho de 2024, os astronautas da NASA Sunita Williams e Butch Wilmore embarcaram em uma missão de apenas oito dias a bordo da cápsula Starliner, da Boeing. No entanto, problemas técnicos, como vazamentos de hélio e falhas nos propulsores, prolongaram sua estadia na Estação Espacial Internacional (ISS) para impressionantes 286 dias.
Desafios físicos enfrentados
O retorno à Terra em março de 2025 trouxe à tona os impactos físicos de uma longa permanência no espaço. Wilmore relatou dores persistentes nas costas e no pescoço, enquanto Williams enfrentou dificuldades para se levantar da cama e readaptar seu equilíbrio. Ambos passaram por um programa intensivo de reabilitação de 45 dias para recuperar a força muscular e a coordenação motora.
Além disso, os astronautas enfrentaram outros efeitos adversos, como perda de densidade óssea, atrofia muscular e distúrbios no sono. A ausência de gravidade também afetou o sistema cardiovascular, resultando em sintomas como tonturas e fadiga extrema.
Impactos psicológicos
O isolamento prolongado e a incerteza sobre o retorno seguro à Terra também afetaram o bem-estar mental dos astronautas. Williams descreveu a experiência como emocionalmente desafiadora, destacando a importância do suporte da equipe terrestre e da manutenção de uma rotina estruturada para lidar com o estresse e a solidão.


A missão de Williams e Wilmore destacou a necessidade de aprimorar os sistemas de segurança e confiabilidade das espaçonaves comerciais. A NASA e a Boeing estão avaliando a possibilidade de realizar um novo voo não tripulado da Starliner antes de autorizar futuras missões com tripulação. Enquanto isso, os dados coletados durante essa missão fornecem insights valiosos sobre os efeitos de longas estadias no espaço, contribuindo para o planejamento de futuras viagens interplanetárias.
A missão inicial era permanecer na ISS por apenas cinco dias
“Eu sabia que voltaríamos para casa em algum momento”, disse ela à WFAA durante uma festa de boas-vindas da NASA na semana passada. “Só precisamos esperar pela viagem certa e garantir que todos estejam bem com isso, e chegaremos em casa.”
Ajustar-se ao seu horário regular de sono também tem sido uma tarefa difícil para a mulher de 59 anos, especialmente porque seus hábitos habituais envolvem acordar às 4 da manhã.
O caminho para a normalidade não é linear, nem rápido. Mas ambos os astronautas têm trabalhado lentamente com a equipe médica da NASA para reconstruir massa muscular crítica, restaurar o equilíbrio na gravidade da Terra e prevenir a perda óssea adicional — problemas sérios que podem ocorrer por passar muito tempo em ritmo acelerado, onde os músculos podem virar gelatina.
