Um documentário promete revelar os bastidores da relação entre os membros de um dos grupos de humor mais famoso do Brasil, Os Trapalhões. Esta matéria exibida na Record, no ano passado, fala um pouco sobre a produção. De acordo com as informações que se tem até o momento, fora das câmeras o relacionamento entre eles era bem diferente do que se imaginava.
para mim não há polêmica alguma no fato do Renato ganhar mais que os outros 3.
Como a reportagem deixa claro, os 3 eram “apenas” atores. Já o Renato era ator, produtor, diretor e colocava o dinheiro dele no negócio. Se não desse certo, só ele perderia.
É lógico que tem que ganhar mais.
Além disso, o Didi era infinitamente mais popular que os outros 3. Quando o circo trouxe os trapalhões na minha cidade, a galera só gritava Didi. Se fosse nos dias atuais, iriam dizer que houve verdadeira vergonha alheia em relação aos outros 3.
Outro ponto que gostaria de dizer é que várias pessoas gostam de falar que mussum e zacarias eram mais engraçados. Bem, nunca irei dizer que eles não eram engraçados, principalmente o mussum, que tinha as piadas de bebum. Mas, os fatos não mentem. Quando houve a separação, o programa só com o Didi continuou. Já o programa dos 3 não durou um ano. Tirem suas conclusões sobre quem era o mais engraçado.
Abraços!
só para completar, fiz uma pesquisa na net e vi que os filmes mencionados na reportagem (O trapalhão na arca de nóe e atrapalhando a suate), o do Didi sozinho deu 2 milhões e oitocentos mil de público, enquanto que o dos outros 3 não passou de um milhão e duzentos. Ou seja, o Didi sozinho ganhou mais que o dobro.
A primeira obviedade que salta aos olhos é o viés escolhido pelo comentarista para alavancar, de saída, o documentário: o apelo ao escândalo. Uma tática manjadíssima nesse negócio.
Isso não o desqualifica a priori, mas nos faz deixar um pé atrás acerca dessas alegadas desavenças entre os trapalhões.
É possível, até provável, que Renato Aragão, na condição de líder e de maior estrela do grupo, tenha se prevalecido quanto à divisão do faturamento. Isso é da natureza do negócio.
Mas também é fato que os demais eram dependentes deles não só como suporte financeiro, como e principalmente, quanto à popularidade.
Pertinente o comentário do Gil. Mas ele precisa considerar o contexto dos fatos na época. “Didi” continuou com o apoio maciço da Rede Globo, os outros três não! Embora o filme do “Didi” Solo tenha rendido mais, ressalto que o apoio da divulgação dos filmes dos trapalhões voltou-se só para apoiar o filme do Didi. Os outros três precisaram aprender a lidar com os fatos novos, como distribuição e divulgação do filme, mecânica que eles desconheciam. E finalmente “Didi” podia usar o termo trapalhões á vontade e eles não! Ou seja, Didi fazia um show sozinho anunciando tipos assim” Didi e os amigos trapalhões! O público entendia que os trapalhões ia se apresentar. Inegável a lacuna do personagem Didi em relação aos outros três, Didi de fato era o destaque, os outros funcionavam como “escada” ou seja preparadores para a Piada! Jamais coadjuvantes superariam o astro principal, e eles só voltaram a atuar juntos, por que os outros três estavam prestes a assinar com o SBT onde já poderiam enfim fazer um programa semelhante ao da Rede Globo e com certeza apareceria algum profissional à altura de substituir o Renato Aragão! Temerosa a Rede Globo pressionou e enfim voltaram a trabalhar juntos! Claro, todas as arestas foram aparadas em relação a ganhos, publicidade e outras coisas mais que contribuiram para a separação do grupo.
Muito bom o seu contraponto, Augusto! De fato, como em todo conflito, não existem anjos ou demônios, na verdade, é cada um defendendo seu interesse e quem tem mais força se sobressai.
Apenas uma palavra para tudo isso, business.
Renato Aragão, por bem ou mal, é um profissional foda. Workaholic, escrevia, dirigia, atuava e investia no negócio, sonhou alto, trabalhou pesado, e conquistou o que conquistou. Sua forma de agir não me compete, como um humorista e ator, digo que é genial. Engraçado na matéria o rapaz “exigindo” que Renato Aragão o receba em sua casa. É pouca petulância…