Erros comuns ao fazer um Pix e como evitá-los

Com a praticidade do Pix, muita gente passou a resolver pagamentos e transferências em segundos. O sistema é rápido, fácil de usar e funciona 24 horas por dia, inclusive nos fins de semana. Porém, toda essa agilidade também traz um desafio: a chance de cometer erros por distração ou descuido.

É justamente nesse cenário que muitas pessoas buscam entender como estornar um pix. Afinal, o que acontece quando o dinheiro vai para a conta errada? Existe alguma maneira de recuperar?

Embora o Pix seja seguro, ele não é à prova de falhas humanas. Veja abaixo os erros mais comuns ao usar esse meio de pagamento — e o mais importante: como evitá-los no dia a dia.

Enviar para a chave errada

Um dos erros mais típicos é digitar incorretamente a chave Pix do destinatário. Um número de telefone com um dígito trocado, um e-mail mal escrito ou até mesmo uma chave aleatória copiada de forma incompleta podem acabar levando o dinheiro para outra pessoa.

Mesmo que o sistema mostre o nome do recebedor antes da confirmação, muita gente ignora esse detalhe por pressa ou confiança.

Como evitar:
Nunca confirme um Pix sem checar com calma o nome do destinatário exibido. Se não bater exatamente com a pessoa para quem você quer enviar, pare e revise a chave. Prefira copiar e colar as informações ao invés de digitá-las manualmente.

Erro no valor da transferência

Outro problema comum é se confundir ao digitar o valor. É fácil deixar passar um zero a mais e transferir R$ 1000 quando o certo era R$ 100. Pequenos deslizes assim podem causar grande dor de cabeça.

Nesses casos, o estorno depende da boa fé da pessoa que recebeu o valor — e nem sempre há garantia de que o dinheiro será devolvido.

Como evitar:
Antes de confirmar, confira com atenção o valor total mostrado na tela. Alguns aplicativos dão destaque ao número final, justamente para facilitar essa checagem. Se estiver inseguro, volte e revise.

Pressa ou distração no momento da transferência

Fazer um Pix enquanto está no ônibus, conversando com alguém ou assistindo TV pode aumentar bastante o risco de erro. A falta de concentração faz com que detalhes importantes passem despercebidos.

Essa situação é mais comum do que parece, especialmente quando o celular apita com uma cobrança inesperada e a pessoa tenta resolver tudo rapidamente.

Como evitar:
Evite fazer transferências quando estiver ocupado ou com pressa. Tire um minutinho para revisar as informações com calma. Essa pausa pode fazer toda a diferença.

Confundir dados bancários

Apesar do Pix ter simplificado muito os pagamentos, ainda é comum confundir tipos de chave ou até misturar Pix com transferências tradicionais. Por exemplo, alguém tenta usar CPF como se fosse número de agência, ou seleciona a opção errada dentro do aplicativo.

Esses deslizes geralmente resultam em erros de envio ou mensagens de falha na transação — mas, em casos mais sérios, o dinheiro pode ir para a pessoa errada.

Como evitar:
Tenha clareza sobre qual tipo de chave Pix você está utilizando (telefone, e-mail, CPF ou aleatória). Use o sistema de copiar e colar sempre que possível, e evite digitar informações de cabeça.

Enviar Pix para golpes disfarçados

Infelizmente, os golpistas também sabem que o Pix é rápido e irreversível. Muitos aplicam fraudes pedindo transferências urgentes, se passando por amigos, familiares ou empresas conhecidas.

A pessoa, achando que está ajudando ou pagando uma dívida, acaba caindo em um golpe e transferindo valores que dificilmente serão recuperados.

Como evitar:
Sempre desconfie de mensagens com tom de urgência pedindo dinheiro, principalmente se vierem por redes sociais ou WhatsApp. Confirme por outro canal se o pedido é legítimo. Se possível, ligue para a pessoa antes de enviar qualquer valor.

Não salvar o comprovante

Após fazer o Pix, muitos simplesmente fecham o app e seguem com o dia. Mas o comprovante pode ser essencial caso haja qualquer problema depois, como uma cobrança duplicada ou contestação do pagamento.

Sem esse registro, fica mais difícil provar que a transferência foi feita.

Como evitar:
Tire print da tela ou envie o comprovante para seu próprio e-mail ou WhatsApp. Guarde por pelo menos alguns dias, até ter certeza de que não haverá questionamentos.

Agendamento mal utilizado

Muita gente usa o Pix agendado, mas esquece de verificar se a transação ainda faz sentido na data programada. Isso pode gerar pagamentos desnecessários, por cobranças que já foram canceladas ou alteradas.

Além disso, há quem programe um valor errado ou para a chave errada e acabe só percebendo o erro depois que o dinheiro já foi enviado.

Como evitar:
Verifique periodicamente os Pix agendados no seu aplicativo. Se algo mudou, cancele ou edite a transação antes da data programada. Não agende pagamentos sem antes ter certeza de que as informações estão corretas.

Fazer Pix com celular de terceiros

Utilizar o celular de outra pessoa, mesmo que seja de um parente ou amigo, pode gerar confusão. Você pode acabar enviando dinheiro de uma conta errada ou para um contato salvo no telefone que não corresponde à pessoa desejada.

Além disso, há riscos relacionados à privacidade e à segurança das suas finanças.

Como evitar:
Sempre prefira fazer transações a partir do seu próprio dispositivo, com seu login e senha. Se precisar usar outro aparelho, redobre a atenção e revise todos os dados.

O que fazer quando algo dá errado

Se mesmo com todos os cuidados você acabar cometendo um erro, o ideal é agir o quanto antes. Muitas pessoas se perguntam como estornar um pix nessas situações — e a resposta varia de acordo com o tipo de problema.

Quando o valor foi enviado para alguém conhecido por engano, a primeira medida é entrar em contato diretamente com a pessoa e pedir a devolução. Muitas vezes, o diálogo resolve.

Caso não consiga contato ou o recebedor se recuse a devolver, você pode acionar o suporte da instituição financeira para abrir uma contestação formal. Em situações de golpe, há o Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado para facilitar a recuperação de valores em fraudes.

Ainda que não exista uma garantia absoluta de estorno, agir rápido e manter os comprovantes aumenta muito as chances de resolver o problema.

Atenção e hábito: a melhor prevenção

O Pix veio para ficar — e, como toda ferramenta prática, ele exige responsabilidade no uso. Criar o hábito de revisar tudo com atenção antes de confirmar qualquer transação é o passo mais simples (e eficaz) para evitar erros.

Com um pouco mais de cuidado, dá para aproveitar ao máximo a rapidez do Pix, sem dores de cabeça e sem precisar descobrir às pressas como estornar um pix.

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