Diante avanço da variante ômicron, que já passou pelo Brasil, os chineses estão promovendo medidas extremas de bloqueio nas principais cidades do país, numa polêmica política batizada de “Covid zero”, que visa erradicar todos os surtos e cadeias de transmissão usando controles de fronteira, testes em massa, quarentenas e bloqueios rigorosos.
Algumas imagens que viralizaram na internet mostram como os habitantes têm que se virar diante de tanto rigor. Num deles, é possível ver funcionários do governo literalmente bloqueando as portas das casas para impedir a saída dos moradores. Para tentar conter a onda imposta pelo vírus, pais estão sendo separados à força de crianças pequenas infectadas, aumentando a raiva pública e o medo dos locais.
Para fazer cumprir essas medidas e atender às demandas de toda a população confinada, mais de 30 mil médicos e 2 mil militares foram enviados para a cidade, segundo a mídia estatal e o Exército Popular de Libertação.
Mas as restrições também viram uma rara onda de frustração pública e críticas ao governo, com moradores descrevendo desafios de acesso a suprimentos básicos, como alimentos ou remédios.
A raiva aumentou no mês passado depois que uma enfermeira de folga em Xangai morreu, depois de ser afastada de uma ala de emergência em seu próprio hospital, que foi fechada para desinfecção. Outro morador de Xangai morreu depois de sofrer uma emergência médica em sua casa antes de chegar ao hospital.