Você já ouviu dizer que uma boa foto pode contar mais que mil palavras? Na realidade, ela pode fazer até mais que isso quando eterniza momentos que viraram história. O Prêmio Pulitzer marca algumas dessas melhores fotos jornalísticas que carregam histórias bem curiosas por trás delas.
Esta foto de 1958 foi batizada de “fé e confidência”. Ela mostra o policial Maurice Cullinane advertindo um menino de dois anos chamado Allen Weaver durante um desfile em Chinatown, Washington, DC, para não ficar muito perto dos dragões. Foi quando o fotógrafo William C. Beall notou a conversa e o Comitê do Prêmio Pulitzer a chamou de “uma imagem atraente que causou uma impressão profunda nos leitores”.
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Em 1963, os jurados admiraram a forma como o drama, o impacto e a composição coexistiram nesta foto tirada por Hector Rondon. É uma imagem que mostra um soldado ferido se aproximando de um padre. O próprio fotógrafo não soube dizer como tirou a foto, já que o cenário era bastante complicado, com balas voando por todas as direções durante uma rebelião de fuzileiros navais em uma base naval perto de Caracas, Venezuela.
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Em 1969, esta foi a fotografia premiada. Coretta Scott King e sua filha Bernice foram capturadas em momento de luto durante o funeral de Martin Luther King Jr, em abril de 1968. A foto foi tirada por Moneta Sleet Jr. Curiosamente, um dia antes da sua morte, Luther King confidenciou a seus apoiadores que não tinha medo de morrer e que a opressão racial poderia ser derrotada no futuro.
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Para tirar essa foto, em 1944, Erle Bunker disse que teve que esperar mais de 24 horas pelo trem que traria o Tenente Coronel Robert Moore, que voltava após servir na 2ª Guerra Mundial, tendo permanecido longe da sua família por 16 meses. A foto mostra o exato momento que reencontrava a família.
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Esta foto venceu o prêmio Pulitzer de 1976. Ela foi tirada por Stanley Forman e mostra o momento em que uma garota de 19 anos e sua afilhada de dois anos caíam da escada de incêndio de um apartamento em chamas em Boston. O episódio levou a adoção de novas regras de fuga de incêndios nos Estados Unidos. A menina sobreviveu porque teve a queda amortecida pela madrinha, que morreu horas depois.
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Virginia Schau foi a primeira mulher e a segunda fotógrafa amadora a receber o Prêmio Pulitzer, em 1954. Ela registrou por acaso um acidente de caminhão que deixou a cabine pendurada na ponta sobre o rio Pit. Uma das pessoas que ajudaram a salvar os motoristas foi seu próprio marido.
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Max Desfor estava trabalhando como fotógrafo, viajando com tropas americanas da linha de frente durante a guerra entre Coreia do Norte e do Sul, em 1951. Enquanto dirigia ao retor de Pyongyang, ele percebeu uma ponte bombardeada que tinha centenas de refugiados de guerra tentando atravessar para o outro lado do rio Taedong. Estava muito frio e Max lembra que mal conseguia apertar o botão da câmera por causa das temperaturas congelantes.
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Mais do que icônica essa foto tirada por Joseph Rosenthal passou a ser cercada de polêmica quanto à sua autenticidade. Ela foi registrada em 1945 durante os estágios finais da Guerra do Pacífico, mostrando fuzileiros navais dos EUA hasteando a bandeira no topo do Monte Suribachi, na ilha de Iwo Jima. A subida até o local da foto foi tão difícil que os fotógrafos começaram a duvidar se valeria a pena, mas Rosenthal apostou na sorte.
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John L. Gaunt imortalizou nesta foto a tragédia que vitimou o filho deste casal, em 1955. O casal caminhava pela praia enquanto seu filho Michael brincava por perto e acabou entrando no mar sem que eles percebessem. O corpo da criança foi encontrado na costa horas depois.
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Em 1964, o fotógrafo Robert Hill Jackson foi convocado para cobrir o transporte de Lee Harvey Oswald para a prisão após ser sentenciado pelo assassinato do presidente John F. Kennedy. Como a ação ocorreu no porão do prédio da polícia, Jackson teve que se posicionar estrategicamente para conseguir o melhor registro possível. Foi então que apertou o botão do obturador no exato momento em que um homem salta na frente de Oswald e dispara contra ele.
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O ex-soldado Jose Rodriguez estava entre milhares de outras pessoas executadas pelas forças libertadas por Fidel Castro. Esta foto de Andrew Lopez, tirada em 1960, mostra o momento em que Rodriguez recebe a benção de um padre antes de ser abatido por um pelotão de fuzilamento.
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Embora esta foto mostre a felicidade estampada de uma reunião familiar, ela tem uma história bem triste por trás. Em 1974, o coronel Robert Stirm retornava para casa após um período num campo de prisioneiros do Vietnã do Norte. Sua esposa, três dias antes do seu retorno enviou-lhe uma carta informando sobre o fim do casamento. O próprio Stirm admitiu que a foto traduzia sentimentos confusos daquele reencontro.
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Esta foto foi tirada durante uma eleição tumultuada no Japão em 1961. Um estudante enfurecido desembainhou uma espada de 30 centímetros que atingiu o abdômen deste político, matando-o. Yasushi Nagao foi o responsável pelo registro histórico que lhe rendeu o Prêmio Pulitzer tornando-o o primeiro fotógrafo estrangeiro a recebê-lo.
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Outro fotógrafo estrangeiro que recebeu o Pulitzer, em 1966, registrou a imagem de uma mãe sul-vietnamita e seus filhos tentando atravessar o rio a nado durante a Guerra do Vietnã. Assim que recebeu a premiação, Kyochi Sawada procurou a família e deu a ela metade do dinheiro recebido com a foto.
Post ao O Buteco. Top dos Tops.
Sensacional! Ansioso para ver as próximas “edições”
Sensacional
Muito bom, 1berto!
Na foto de Jose Rodriguez, o correto no texto não seria: forças lideradas por Fidel Castro, ao invés de “forças libertadas por Fidel Castro”?
A foto do Monte Suribachi já foi explicada, eles já tinham hasteado a bandeira lá porém alguém de alta patente não estava presente. Quando ele chegou voltaram lá e fizeram de novo.