O baterista de Michael Jackson em operação

Quem não é músico pode achar que é simples fazer o que ele tá fazendo, mas não é.

Cada batida extrai o timbre exato que ele quer tirar, trabalho de chimbal impecável. Bateria tocada sem exageros, perfeita pro arranjo. Aliás, como tudo do Michael Jackson (e do Quincy Jones, produtor deste ábum), nos arranjos cada instrumento tem a sua função bem definida, e o lance não é fazer acrobacia, não é fazer um monte de virada. O lance é fazer uma música boa no conjunto, fazer o que o arranjo pede da melhor forma possível, extraindo o melhor timbre de cada batida, e no tempo certo. O cara é um metrônomo, se pegar essa levada e colocar numa DAW, dá pra ver que cada nota é exatamente no tempo exato, não vaza nada. É um verdadeiro monstro o Sugarfoot, músico de estúdio de uma época em que não se podia errar pq a gravação era na fita e a hora de gravação e mixagem era algo muito caro. É o tipo de músico que chega numa gravação e resolve em um ou dois takes, chega no show e toca com precisão do início ao fim. Um monstro da bateria!

É o que o diego falou lá em cima: pra quem tem uma noção de música (eu tenho um pouco pois toquei piano uma época) sabe o quanto esse baterista é fera.

Uma vez eu chamei um baterista de Metal, famoso na minha cidade por ser o melhor batera, pra tocar blues numa jam. Foi horrível, o cara preenchia os compassos com viradas rápidas complexas, parecendo um malabarista. Nem parecia um blues.

esse cara parece aquele batera do Terra Samba ou estou enganado?